terça-feira, 5 de janeiro de 2010


Tuas mãos

Lembro das covinhas e cada curva de tuas mãos
Que um dia me conduziram a você

Você chegou a mim,
Me deu a mão
E ali estavam elas...
Covinhas, que não me saem da memória;
Mãos delicadas
Como as que de uma criança
Porém, de palmas ásperas, de luta e força,
Que precisaram fazer pela dura vida,
Te deixando ainda mais indefesa
Que teus olhos a denunciar...
Essas mãos onde me aconcheguei
E que por muito, me acarinharam...
Valeram-me o sonho...
Velaram-me o sono...
Correram sobre todo o meu corpo
Cada centímetro vasculhado
Por tatos curiosos e consentidos
Por intimidade
Como se ali fosse tudo teu
E de tuas mãos...
Fixaram tua força em mim
Ganharam minha alma...
Suas mãos que um dia me fizeram sua
Com a mesma delicadeza de sua existência
Hoje batem palmas ao mundo...
E que sigam, seu apontado destino;
E que toquem, como me tocaram um dia...
Pois elas em mim,
Ficarão para...
Sempre... Sempre... Sempre...

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